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Empréstimos das cooperativas crescem 15%; juro no cheque especial é quase metade do cobrado nos banc


Em 2017, o Sicoob contou com crescimento de 11% em operações de crédito em relação ao ano anterior

As cooperativas de crédito no Brasil registraram no ano passado expansão de 15% nos empréstimos, em termos brutos, contra retração de 0,6% no crédito bancário no mesmo período. Considerando as operações de crédito já líquidas de provisão, houve crescimento de 14,4% nas cooperativas em dezembro sobre igual período de 2016, alcançando R$ 89,4 bilhões. Segundo dados do Banco Central e Sicoob, o setor teve aumento de 15,7% em ativos totais no mesmo período e de 10,2% em depósitos totais, considerando depósitos à vista, a prazo e em poupança.


Em total de agências/pontos de atendimento houve crescimento de 3,6% nas cooperativas em dezembro de 2017 sobre igual período do ano anterior — contra queda de 6,6% no número de agências de bancos. Isso significa que para atender seus 9,2 milhões de associados, as cooperativas somavam em dezembro passado perto de 5,9 mil pontos, superando a rede do Banco do Brasil, por exemplo, que assim como outros grandes bancos, fez um forte enxugamento, de 12,3% no período, passando de 5,44 mil para 4,77 mil pontos/agências no País.


Apesar do avanço do sistema, a participação das cooperativas no total de depósitos do Sistema Financeiro Nacional (SFN) ficou ainda em patamar bastante modesto no final de 2017, próximo de 5%, segundo informação de Ênio Meinen, diretor de Operações do Bancoob, braço financeiro do Sicoob. No total de operações de crédito do SFN, a fatia dessas instituições ficou em 3,2%, mantendo-se como desafio do segmento ganhar escala, uma vez que em outros países, como Alemanha e França, por exemplo, as participações são superiores a 20% e 50%, respectivamente.


Sicoob teve expansão de 11,4% nas operações de crédito


No Sicoob, maior sistema financeiro cooperativo do país, o diretor Operacional Francisco Silvio Reposse Júnior destaca que as operações de crédito tiveram crescimento de 11% no ano passado sobre 2016, passando de R$ 38,4 para R$ 42,8 bilhões. Desse total, 58% foram destinados a pessoas físicas e 42% para pessoas jurídicas. O retorno das chamadas ‘sobras’ teve crescimento de 15%.

A inadimplência, explica Reposse, continuou um pouco acima dos patamares pré-crise, mas vem recuando, e passou da média de 2,7% em 2016 para 2,3% no final do ano passado, nos atrasos acima de 90 dias.


Previsão é crescimento de 20% nos empréstimos em 2018


No primeiro trimestre deste ano, também houve expansão em praticamente todas as linhas de financiamento aos associados do Sicoob, o que faz a diretoria prever resultado ainda melhor para 2018. “Esperamos um novo crescimento da carteira de crédito, em torno de 20%”, afirma Reposse.

Em relação às taxas de juros, o executivo explica que elas se mantêm bastante competitivas em relação às praticadas pelos bancos e, no final do ano passado, estavam pelo menos 40% menores nas modalidades de crédito voltadas para pessoa física e a partir de 25% menores do que a média do mercado para as empresas.


Diferença de taxa de 51% no crédito pessoal e de 49% no cheque especial


No crédito pessoal, por exemplo, a taxa média praticada pelo Sicoob em fevereiro/2018, segundo informação do BC, era de 2,30% ao mês (31,39% ao ano), contra 4,69% ao mês ou 73,33% ao ano nos bancos, considerando a média das cinco maiores instituições (Banco do Brasil, Caixa, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander). Ou seja, uma taxa 51% menor, o correspondente a uma diferença acumulada de 133,6% ao ano.


No cheque especial, a média no sistema cooperativo era de 6,51% ao mês ou 113,13% ao ano, 49% menor que os 12,80% ao mês ou 324,43% cobrados pelos bancos.


No caso de empresas, a modalidade desconto de duplicatas, por exemplo, em fevereiro estava praticamente alinhada com o mercado, em 2,1% ao mês ou 27,9% ao ano, contra média de 2,2% ao mês ou 29,6% nos principais bancos. Já nas operações de descontos de cheques a vantagem das cooperativas era maior: taxa média de 2,1% ao mês (27,9% ao ano), quase 28% menos que a média de 2,9% ao mês (40,4% ao ano) nos bancos.


Linha de crédito imobiliário tem juros de 9,48% ao ano mais TR


Desde meados do ano passado, o Sicoob também já oferece aos associados financiamento imobiliário, em linha com funding (recursos) das cadernetas de poupança. Reposse explica que as operações ainda estão bem no início, mas tendem a ganhar impulso num cenário de juros e inflação em queda, e também por conta da demanda reprimida por imóveis, principalmente em regiões do interior.


O interessado em financiar imóvel no Sicoob, assim como em utilizar quaisquer outros produtos ou serviços das cooperativas, precisa se associar à instituição. A modalidade crédito imobiliário é apenas para pessoa física, que pode comprometer no máximo 30% da renda com as prestações.

Podem ser financiados imóveis novos ou usados, com liberação limitada a 80% do valor do imóvel (máximo de R$ 950 mil em SP, RJ, MG e DF e de R$ 800 mil para os demais estados). O prazo para pagamento é de até 30 anos e a taxa está alinhada às cobradas pelos grandes bancos: 9,48% ao ano, mais a variação da TR. A amortização pode ser feita pelo SAC ou tabela Price e é permitida utilização de recursos do FGTS.


O post Empréstimos das cooperativas crescem 15%; juro no cheque especial é quase metade do cobrado nos bancos apareceu primeiro em MundoCoop.


Fonte: Mundo Coop


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